Lipídios – Omega3 e Omega6

Os lipídios, também conhecidos como gorduras, são moléculas orgânicas insolúveis em água e solúveis em certas substâncias orgânicas, como álcool, éter e acetona. Essas biomoléculas são compostas por carbono, oxigênio e hidrogênio. Eles podem ser encontrados em alimentos de origem vegetal e animal. 

Os lipídios desempenham várias funções importantes no organismo: 

●  Reserva de energia- em exercícios de longa duração e baixa intensidade é uma das principais fontes energéticas. 

●  Isolante térmico: nos animais, as células gordurosas formam uma camada que atua na manutenção da temperatura corporal. 

●  Ácidos graxos: estão presentes nos óleos vegetais extraídos de sementes, como as de soja, girassol, canola e milho, que são usados na síntese de moléculas orgânicas e das membranas celulares. 

●  Absorção de vitaminas lipossolúveis como vitaminas A, D, E e K. 

Estruturalmente os lipídios são compostos por uma molécula de ácido (ácido graxo) e uma de álcool (glicerol ou outro). São construídos a partir de ácidos graxos ligados a uma ampla gama de outros compostos. Sua estrutura molecular é bastante variada. 

Aqui estão alguns exemplos de estruturas moleculares de lipídios: 

●  Ácidos Graxos: São ácidos monocarboxílicos de cadeia longa com a fórmula CH3(CH2)nCOOH. O comprimento da cadeia pode variar de C4 a C36. A cadeia é linear e não ramificada. Eles podem ser saturados ou insaturados, e apresentam isomeria cis e trans. 

●  Triacilgliceróis: São ésteres derivados do glicerol e três ácidos graxos. 

●  Ceras: São esteres de ácidos graxos longos e álcool de alto peso molecular. 

●  Fosfolipídios: São fosfoglicerídeos ou esfingomielinas que contêm um grupo fosfato. 

●  Esfingolipídeos: Incluem esfingomielina e glicoesfingolipídeos. 

●  Isoprenóides: Incluem esteróides e terpenos. 

●  Eicosanóides: Incluem prostaglandinas, tromboxanos, leucotrienos 

Os ácidos graxos essenciais são lipídios essenciais para nosso corpo. Eles exercem funções importantes no organismo, incluindo a produção de energia, o transporte de gorduras do fígado para os tecidos do corpo e o crescimento normal das células. Além disso, eles compõem a formação de estruturas das membranas e da matriz celular, auxiliam na resposta imunológica, participam da regulação de hormônios e transporte de enzimas e ainda proporcionam o crescimento e desenvolvimento da estrutura de neurônios e na síntese da bainha de mielina. 

Os ácidos graxos essenciais são chamados assim porque nosso corpo não consegue produzi-los, portanto, estas gorduras devem estar presentes na nossa dieta. A deficiência de ácidos graxos essenciais pode acarretar problemas dermatológicos, neurológicos e visuais. 

Dois tipos de ácidos graxos são considerados essenciais: 

● Ácido alfa linoléico (ALA), da família ômega-3 

● Ácido linoleico (LA), da família do ômega-6

Dentre os alimentos que contêm os ácidos graxos essenciais estão: 

● Ômega 6: óleos de girassol, milho, soja, semente de algodão
● Ômega 3: nozes, castanhas, linhaça, canola, peixes de água fria e óleos de peixes 

(salmão, tainha, sardinha, bacalhau, atum, cavala, arenque, truta) 

Ômega-3 

A nomenclatura “ômega” é usada para a classificação de ácidos graxos insaturados. O número é referente à posição da dupla ligação do ácido graxo. Os ácidos graxos ômega-3 são capazes de reduzir os triglicerídeos, o colesterol e as lipoproteínas plasmáticas quando consumidos por meio da dieta alimentar ou por meio de dosagens terapêuticas. Quando há o consumo de dois gramas por dia, o ômega-3 apresenta propriedades anticoagulantes e anti trombogênicas. O ácido α-linolênico (presente na família do ômega-3) pode ser encontrado em óleos de origem vegetal – apesar disso, seus derivados (ácidos graxos EPA e DHA) são encontrados principalmente em óleo de peixes de águas profundas. 

Ômega-6 

O consumo dos ácidos graxos poliinsaturados ômega-6 (sobretudo o ácido linoleico), reduz o colesterol plasmático quando consumido no lugar das gorduras saturadas, diminuindo a incidência de doenças arteriais coronarianas. Os ácidos graxos ômega-6 são encontrados em muitos óleos vegetais (como os óleos de girassol, soja e milho). 

Benefícios do Ômega 3: 

●  Propriedades anti-inflamatórias: úteis no tratamento de doenças inflamatórias como a doença inflamatória intestinal ou artrite reumatoide. 

●  Proteção contra doenças cardiovasculares: ajuda a reduzir o colesterol ruim e os triglicerídeos, aumentando o colesterol bom, controlando a pressão sanguínea e reduzindo os danos nas células. 

●  Prevenção da formação de coágulos: possui propriedades anticoagulantes, reduzindo a formação de coágulos sanguíneos. 

●  Combate à depressão: protege as células do cérebro, melhorando sua atividade e aumentando substâncias responsáveis pelas emoções, humor e bem-estar. 

●  Combate à asma: possui ação anti-inflamatória que ajuda a combater a asma. 

Benefícios do Ômega 6: 

●  Prevenção de doenças cardiovasculares: possui propriedades antioxidantes que combatem o excesso de radicais livres no organismo, impedindo a oxidação das células de gordura e prevenindo doenças cardiovasculares. 

●  Prevenção da diabetes: ajuda a melhorar a função do hormônio insulina, contribuindo para equilibrar os níveis de açúcar no sangue. 

●  Auxílio no tratamento de doenças de pele: possui propriedades anti-inflamatórias que podem auxiliar no tratamento de doenças na pele, como psoríase, eczema ou dermatite. 

●  Redução dos sintomas do autismo: ajuda a diminuir inflamações no sistema nervoso central.

A quantidade diária recomendada de ômega 3 varia de acordo com a idade 

Informacoes no link

https://nap.nationalacademies.org/catalog/26818/dietary-reference-intakes-for-energy

Para pessoas saudáveis, a recomendação é o suficiente para alcançar 1200 mg. Bons suplementos oferecem essa dosagem em até 2 cápsulas. 

Em relação ao ômega 6, a Associação Americana do Coração recomenda que a ingestão diária seja entre 5% e 10% do valor calórico total da dieta. Por exemplo, uma pessoa que consome 2000 calorias, precisa consumir entre 11g e 22 g de ômega 6 por dia. 

No entanto, é importante lembrar que a proporção entre ômega-6 e ômega-3 na dieta também é importante. Segundo as Dietary Reference Intakes (DRI), a razão de ingestão adequada para ômega-6:ômega-3 é de 2:1. Já para OMS/FAO, essa razão pode ser de 5:1 a 10:1. No entanto, há uma convergência entre estudos mundiais indicando uma razão adequada entre o intervalo de 4:1 a 5:1. 

O consumo excessivo de ômega 3 e ômega 6 pode levar a problemas de saúde. Em particular, para pacientes com hemofilia, o consumo excessivo de ômega 3 pode aumentar o risco de sangramento. Isso ocorre porque o ômega 3 tem propriedades anticoagulantes, o que pode ser problemático para pessoas com distúrbios hemorrágicos. 

Além disso, pessoas alérgicas a peixe devem ter cuidado ao consumir ômega 3, pois muitos suplementos de ômega 3 são derivados de peixes. Portanto, essas pessoas podem ter reações alérgicas a esses suplementos. É sempre importante conversar com um médico ou nutricionista antes de iniciar a suplementação de ômega 3 ou ômega 6 para avaliar as necessidades individuais e possíveis riscos 

Referências Bibliográficas 

  1. Carbohydrate intake for adults and children: WHO guideline. Disponível em: <https://www.who.int/publications/i/item/9789240073593&gt;. 
  2. CARUSO, L.; MENEZES,. Índice glicêmico dos alimentos. Nutrire Rev. Soc. Bras. Aliment. Nutr, p. 49–64, 2022. 
  3. ABCMED, 2021. Índice glicêmico e o que ele significa para o organismo. Disponível em:<https://www.abc.med.br/p/diabetes-mellitus/1387155/indice-glicemico-e-o-que-e le-significa-para-o-organismo.htm>. Acesso em: 19 set. 2023. 
  4. COSTA, Neuza Maria Brunoro; PELUZIO, Maria do Carmo Gouveia (Ed.). Nutrição básica e Metabolismo. Viçosa, MG: Ed. UFV, 2012. 

Benefícios do consumo do licopeno

O licopeno composto presente em vegetais de cor laranja e vermelha como tomate, melancia, laranja, cenoura, mamão, goiaba, pimentão vermelho e romã, por exemplo. 

O tomate é uma das principais fontes podendo ser consumido in natura, molho, ketchup, suco ou em sopa. 

O efeito antioxidante do licopeno supera o do beta caroteno, e de outros compostos também considerados anti-oxidante.  A absorção do licopeno é de 10 a 30%   e a meia-vida de 2 a 3 dias, o que faz necessário, que seja consumido em dias alternados no mínimo, para que possa ser mantido os níveis basais. 

Recomenda-se um diário de 15 a 25mg de licopeno para redução da pressão arterial.

Além disso, o licopeno apresenta efeitos importantes na resposta imune, no câncer de próstata, a proteção em danos de DNA, além de melhora da pressão arterial em indivíduos com hipertensão. 

O consumo tem sido associado a redução do risco de doenças cardiovasculares e câncer. 

A resposta anti-inflamatória do licopeno ocorre devido a inibição da sinalização da via TLR4 e também mostra desagregação direta em Aβ para interferir com outras respostas inflamatórias ou danos neuronais.  Aβ inicia a inflamação desencadeando a ativação de TLR4, que posteriormente recruta MyD88 (gene 88 de resposta primária de diferenciação mielóide) e TRAF6 (proteínas associadas ao receptor de TNF ), levando à ativação da via NF-κB. A ativação do NF-κB controla diretamente a expressão gênica de mediadores pró-inflamatórios.

Índice glicêmico

Consumo de carboidrato

Os carboidratos são nutrientes essenciais para o funcionamento do nosso organismo e têm como função principal ser fonte energética primária do organismo, mantendo a glicemia e retardando a sensação de cansaço.

Indice glicemico 

Dependendo da estrutura química do carboidrato, a digestão e absorção resultarão em diferentes velocidades de aparecimento na circulação sanguínea. Representando diferentes índices glicêmicos.

Ingestão de carboidrato 

Pré-treino  

Consumir alimentos de rápida absorção, com pouco ou isento de gordura e fibras, e de consistência leve ou líquida. Facilitando a digestão, o que pode evitar refluxos ou desconforto gastrointestinal durante o treino. 

Pós-treino 

O organismo estimulado para a captação de glicose resultante da contração muscular.  O consumo de carboidratos poderá favorecer a recuperação do esforço.

Porque manter constância

Muitos iniciam a prática de atividade física e/ou mudanças de hábitos alimentares, e acabam ficando mais ansiosos ou ainda desistem rapidamente. 

Sempre pergunto para esses que esperam resultado rápido, quanto tempo demoraram para chegarem até aqui? Quando o resultado é muito rápido pode não ser tão sustentável. O começo em sua maioria parece mais rápido quando está envolvido a perda de peso gordo em indivíduos sedentários. Depois de certo tempo, fica mais complicado manter e melhorar os resultados, pois existe a necessidade de aumentar a intensidade dos treinos e manter uma boa alimentação. Por isso a constância é tão fundamental no processo. 

Assim, cuidado com promessas de resultados milagrosas e tente sempre manter um acompanhamento psicológico para se preparar para as dificuldades do processo. 

Alimentos fonte de fibra

Descrição de alimentos fonte de fibras em 100gramas segundo a TACO,2018 e a descrição dos fabricantes

Alimentos fontes de fibras
ProteinaLipideosCarboidratosFibrasCálcioMagnesio
Psillium6,015,08,070,0330,0
Coentro20,910,448,037,3784,0393,0
Linhaça14,132,343,333,5211,0347,0
Aveia13,98,566,69,148,0119,0
Abacate1,28,46,06,38,015,0
Ameixa em calda enlatada1,00,347,74,539,014,0
Couve manteiga2,90,54,33,1131,035,0
Biomassa de banana verde1,70,013,25,3
Chia17,332,744,013,3866,7466,7

O amanhã começa hoje – vida saudável

Mudança de hábito e saúde

Estamos oferecendo um plano para você que gostaria de perder peso acompanhado de bons profissionais. Trabalhamos para que melhore seus hábitos de vida e não só obtenha resultados imediatos que não consegue manter.

Nesse plano oferecemos tratamento estético semanal e acompanhamento nutricional.

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Alimentos termogênicos

Sempre me perguntam o que eu como para perder peso?

– Todos os alimentos possui calorias, assim é fundamental se atentar as quantidades. Mas a qualidade do que se come também faz diferença e pode auxiliar no processo.

Alimentos fontes de resveratrol, vitamina A, capsaicina e EPA, por exemplo, apresentam características interessantes que pode auxiliar no processo de perda de peso, melhorando a funcionalidade do tecido adiposo. Em condições de melhor funcionalidade do tecido adiposo, esse se torna energeticamente mais ativo, podendo aumentar a produção de calor, além de armazenar e apresentar um catabolismo de lipídeos de forma mais eficiente e controlada.   Além disso, estes alimentos são anti-inflamatórios que em condições de obesidade ou em doenças inflamatórias pode ser essencial para melhor tratamento e resposta bioquímica e imunológica.

Em adição, trabalhos tem mostrado que o consumo desses alimentos diariamente em quantidades especificas pode auxiliar na perda de 2-5% do peso corporal total.

Para melhor entender a sua necessidade procure um profissional.

Para mais informações leia o trabalho completo

Okla M, Kim J, Koehler K, Chung S. Dietary Factors Promoting Brown and Beige Fat Development and Thermogenesis. Adv Nutr An Int Rev J [Internet]. 2017;8(3):473–83. Available from: http://advances.nutrition.org/lookup/doi/10.3945/an.116.014332

Capsaicina

A Capsaicina – presente na pimenta malagueta (Nevius et al., 2011), tem mostrado melhorar a funcionalidade do tecido adiposo. Trabalhos tem mostrado que o consumo de 10mg/Kg de peso dia foi capaz de aumentar o gasto energético, o VO2 e a oxidação de lipídios em pacientes com sobrepeso(INOUE, et al 2007). O efeito no gasto energético pode estar associada ao fato de a capsaicina agir como agonista β-adrenérgico o que estimula a lipólises e termogêneses, fatores que estão associados a provável perda de peso.

Dentre os vários efeitos da capsaicina descritos na literatura destaque-se:

– O aumento de PPAR-γ e PGC-1α que estão associados ao aumento da capacidade de armazenar lipídio no tecido adiposo e adiponectina.

– Aumento UCP1 que estão correlacionados ao aumento da termogênese e lipólises.

–  Estimula STAT3 que está associado à saciedade e redução da resistência a leptina.

– Na mucosa intestinal aumenta a produção de MUC2 que é importante para a manutenção da barreira intestinal contribuindo para a sua integridade.

Alimentos que apresentam alta concentração de ferro

O coentro é uma erva no normalmente utilizada para temperar carnes, principalmente os peixes e as aves. Além disso, está na composição molhos, saladas e em ensopados. Em adição, devido a alta concentração de ferro (81,4mg de ferro em 100g de coentro – TACO) pode ser uma opção super interessante para atender a recomendação desse mineral.

Além do coentro outras alimentos como:

AlimentosQuantidade em 100g (mg)
Coentro81,4
Semente de gergelim14,6
Farinha de soja13
Feijões9
Coração de frango6,5
Castanha-de-caju torrada5,8
Fígado bovino5,8
Tofu5,4
Aveia em flocos4,5
Sardinha em conserva no óleo3,5
Agrião3,1
Almeirão refogado3,1
Gema de ovo cozida2,9
Alface roxa2,5
Almeirão0,7

Também apresentam uma concentração de ferro que pode contribuir para atender a recomendação diária desse mineral.

Seja combinações desses alimentos na confecção de sucos naturais ricos em ferro

Suco de limão com laranja (8,4mg de ferro)

2 unidades de limão

1 laranja

10g  mostarda

10g coentro

Água à gosto

Suco de tomate com castanha de caju (5,6mg de ferro)

100g de tomate sem semente

20g Castanha de caju sem sal

2 unidades de limão

10g de almeirão

10g de espinafre

5g de coentro

Água à gosto

Suco de abacaxi com agrião  (8,5mg de ferro)

50g de abacaxi

5g de coentro

10g agrião (um ramo médio)

10g de espinafre

Suco de limão com coentro (8,3)

2 unidades de limão

10g coentro

10g de almeirão

Intervenções nutricionais no hipertensão arterial sistêmica (HAS)

“A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA).  Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou  estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos  sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente  aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010)”. O desequilíbrio do sistema renina-angiotensina- aldosterona estão envolvidos no desenvolvimento da HAS e medicamentos que controlam as concentrações destes são utilizados no tratamento para a HAS.

(SAYER; BHAT, 2014)

                            Dentre os medicamentos destacam-se:

  • Beta-Bloqueadores: reduz a frequência cardíaca e a secreção de renina (exemplo: atenolol, propanolol)
  • Digitálicos: inibe a bomba de sódio-potássio ATPase, aumentando a entrada de cálcio na célula, o que encurta a fibra muscular, aumentando a contratilidade miocárdica (exemplo: Digoxina)
  • Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina – inibe a conversão da angiotensina I em II, diminuindo a vasoconstrição (exemplo: Captopril)

Já para o tratamento não-medicamentoso tem sido recomendado uma redução do peso em caso de excesso, redução do consumo de sal, reduzir e/ou eliminar álcool e tabagismo. Em relação as recomendações nutricionais trabalhos tem recomendado o consumo de dieta DASH (Dietary Aproaches to Stop Hypertension), que preconiza vegetais, frutas, baixo consumo de gorduras (saturadas e total), sendo rica em potássio e cálcio.

 A adoção da dieta DASH, com medidas alimentares mais completas, possui um efeito hipotensor muito maior que a restrição isolada do sódio e do uso isolado de qualquer outra medida.

Além da dieta DASH, trabalhos recentes também tem mostrado os benefícios da Dieta do Mediterrâneo, ou Dieta Mediterrânea, que trata-se de uma alimentação característica de alguns países da região do mar.

Este padrão alimentar e composto, basicamente, de vegetais, legumes, tomate, alho, frutas (maçã) e, principalmente, óleo de oliva, canola, cereais pouco moídos, nozes e sementes, queijo branco e iogurte, além de vinho.

Dica para os nutricionistas

Fiquem atentos as interações droga-nutriente e adeque seu cardápio

No contexto de tratamento medicamentoso deve-se considerar as interações droga-nutriente

  • Furosemida (Lasix®) – Aumentar consumo de K e Mg, diminuir Na.
  • Espironolactona (Aldactone®) – ingerir com alimentar para diminuir irritação TGI e para aumentar a absorção do fármaco. Evitar consumo excessivo de alimentos ricos em potássio.
  • Hidroclorotiazida -Diminui K, Na, Ca e Mg, aumenta a sede por ser diurético.
  • Propanolol (Inderal®) –mais que 2g/dia de vit C,  diminui a absorção do fármaco.
  • Atenolol – Diminuir Na e calorias na dieta. Ingerir 2hs  antes ou 6hs após , o uso de Ca ou de anti-ácido.